IIdosa de 79 anos com história de hipertensão arterial. Em seguimento em consulta de Ortopedia por quadro de dor localizada à coxa direita e impotência funcional com 7 meses de evolução.

Sem melhoria sob terapêutica anti-inflamatória foi internada com intuito de optimização de controlo sintomático.

Ao exame físico encontrámos massa oval na face interna da coxa direita, dura e indolor ao toque, aderente aos planos profundos e sem sinais inflamatórios.

Complementámos a investigação com ressonância magnética que documentou lesão neoformativa primitiva muscular (Figuras 1 e 2), cuja biópsia confirmou tratar-se de neoplasia mesenquimatosa, provável leiomiossarcoma.

Os sarcomas representam um grupo heterogéneo de neoplasias raras, correspondendo a menos de 1% das neoplasias do adulto. Dada a sua origem mesenquimatosa, o espectro histopatológico é variado, desde tecido muscular, adiposo, ósseo, entre outros^1,3.

O tratamento compreende ressecção alargada por forma a prevenir recorrência, cuja taxa varia entre os 30 e os 50%².

Figura I

Lesão identificada em ressonância magnética, ponderação T1

Figura II

Lesão identificada em ressonância magnética, ponderação T2

  BIBLIOGRAFIA  

1Ryan C.W., Meyer J. Clinical presentation, histopathology, diagnostic evaluation, and staging of soft tissue sarcoma. UpToDate, 2017.

2Kim N.G., Kim J.O., Park Y.J., Kim J.S., Lee Y.J., Lee K.S. Cutaneous Leiomyosarcoma of the Face. Arch Craniofac Surg. 2017 Jun;18(2):145-148.

3George S., Serrano C., Hensley M.L., Ray-Coquard I. Soft Tissue and Uterine Leiomyosarcoma. J Clin Oncol. 2017 Dec.