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ASCITE QUILOSA COMO FORMA DE APRESENTAÇÃO DE CISTADENOCARCINOMA DO PÂNCREAS
Casos Clínicos
Doenças Oncológicas
Autor(es) :
Rui Valente1, Mónica Sousa1, Teresa Mesquita1, Francisco Araújo1
Instituições :
 + 
Data de Aceitação :
Data de Publicação :
24-05-2018
ISSN :
2183-7546
RESUMO
A ascite quilosa deve-se à presença de linfa na cavidade abdominal, tendo como critério >200mg/dL de triglicéridos na sua composição. As causas mais frequentes no mundo ocidental são as neoplasias abdominais e a cirrose hepática. Descreve-se o caso de uma mulher de 78 anos, caucasiana, sem antecedentes médicos que recorre ao serviço de urgência por aumento do volume abdominal com um mês de evolução e anorexia marcada com perda ponderal não quantificada. Ao exame objectivo destacava-se doente emagrecida, abdómen globoso, com ascite. Analiticamente a doente não apresentava alterações de relevo. Foi realizada paracentese diagnóstica com obtenção de líquido leitoso, com 1220 leucócitos, 51% de polimorfonucleares e hipertrigliceridemia (596/dL). O estudo por TC mostrou possível neoformação do pâncreas, não confirmada por RMN, que não mostrou lesões nodulares ou adenopatias abdominais. Realizou-se laparoscopia exploradora sem lesões de natureza suspeita e realizou-se biopsia hepática, que não mostrou alterações. Foi excluída etiologia infecciosa, nomeadamente tuberculose por exames culturais, pesquisa de DNA e realização de IGRA. Clinicamente a doente manteve ascite com necessidade de paracenteses evacuadoras. Analiticamente desenvolveu um padrão de colestase hepática, de agravamento progressivo. Objectivou-se ainda Diabetes mellitus inaugural. Realizou-se ecoendoscopia que mostrou exuberante circulação colateral da cabeça do pâncreas e realizou-se biopsia cega compatível com cistadenocarcinoma mucinoso do pâncreas. A doente foi proposta para quimioterapia por inoperabilidade do tumor (envolvimento vascular), que recusou, acabando por falecer 3 meses após o diagnóstico. Da breve revisão de literatura não se encontrou nenhum caso de ascite quilosa como forma de apresentação isolada de cistadenorcarcinoma do pâncreas.
Palavras Chave :
ascite quilosa, cistoadenocarcinoma do pâncreas
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